Diplomática e Tipologia Documental no contexto arquivístico
Ao longo dos
tempos o conceito de arquivo mudou e se adaptou às transformações políticas e
culturais da sociedade, sendo assim, podemos defini-los como:
- Conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma entidade pública ou privada, ou por uma família ou pessoa no desempenho de suas atividades.
- Órgão de documentação ou serviço responsável pela guarda, processamento técnico, conservação e viabilização do acesso aos documentos por ele custodiados.
- Local onde funciona o órgão de documentação denominado “Arquivo” ou móvel destinado à guarda de documentos.
Os
documentos de arquivo podem ser classificados em diferentes categorias, de
acordo com suas características. Baseando-se nelas, podemos classificá-los
quanto ao: gênero, espécie, tipologia, natureza do assunto, forma, e formato.
Na Diplomática
e Tipologia Documental iremos abordar tais categorias para que possamos fazer
análise necessária sobre um documento de arquivo.
A definição de
Diplomática segundo o dicionário brasileiro de terminologia arquivística:
“É a disciplina que estuda a gênese, forma e
transmissão de documentos arquivísticos e sua relação com os fatos
representados nele e com seu autor com o fim de identificar, avaliar e
comunicar sua verdadeira natureza."
Duranti
entende que o objeto de estudo da diplomática está focado na origem, na
constituição interna, na transmissão e na relação dos documentos entre seu
criador e o seu próprio conteúdo, com a finalidade de identificar, avaliar, e
demonstrar sua verdadeira natureza.
Belloto
aponta o objeto da Tipologia documental como à configuração da espécie
documental em relação com as atividades que motivaram a sua criação.
A Diplomática seria responsável pela análise dos aspectos
formais do documento, considerando o documento analisado como um documento
independente das relações de arquivo, girando em torno da sua autenticidade e
veracidade. A Tipologia seria a configuração que assume a espécie de acordo com
a atividade que a gerou. Seu estudo é feito a partir da consideração do
documento como elemento de conjuntos orgânicos e parte integrante de uma mesma
série documental.
“As análises diplomática e
tipológica são aplicações práticas dos estudos teóricos e metodológicos da
Diplomática e da Tipologia Documental, áreas das ciências documentárias que se
concentram, respectivamente, no estudo formal do documento diplomático, quando
considerado individualmente, e no estudo de suas relações com o contexto
orgânico de sua produção e de atuação dos enunciados do seu conteúdo, quando
considerados dentro dos conjuntos lógicos denominados séries arquivísticas.”
(BELLOTO, 2002).
A relação entre a Diplomática e Tipologia Documental com a identidade de Brasília:
A nossa primeira impressão é que a partir do
estudo sobre a gênese dos registros a serem analisados, podemos apresentar e
comprovar a autenticidade do seu conteúdo. O reconhecimento dessa autenticidade
se daria por meio da datação, comparação com demais documentos de mesma proveniência,
da produção e acumulação desses registros documentados.
Sendo assim, por meio de tal estudo é
possível compreender como se formou a identidade da nossa capital e
apresentar isso a vocês sob uma perspectiva arquivística.
Referências:
- ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (APERS). Arquivos & conceitos: Arquivo. Disponível em: < https://arquivopublicors.wordpress.com/2014/02/26/arquivos-conceitos-arquivo/> Acesso: 04 de outubro de 2016.
- ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (APERS). Arquivos & conceitos: Classificação dos documentos. Disponível em: < https://arquivopublicors.wordpress.com/2014/03/26/arquivos-conceitos-classificacao-dos-documentos/> Acesso: 04 de outubro de 2016.
- ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Dicionário brasileiro de terminologia arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005. Disponível em: http://www.arquivonacional.gov.br/Media/Dicion%20Term%20Arquiv.pdf Acesso: 04 de outubro de 2016.
- BELLOTTO, H.L. Como fazer análise diplomática e análise tipológica de documento de arquivo. São Paulo: Arquivo do Estado, Imprensa Oficial, 2002 (Projeto Como Fazer 8). Disponível em: < http://www.arqsp.org.br/arquivos/oficinas_colecao_como_fazer/cf8.pdf> Acesso em: 04 de outubro de 2016.
- Imagem: http://www.cnis.com.br/Servicos/Autenticidade.aspx
Muito bom o blog! Sucesso! Gostei da leitura do texto e achei o tema bem interessante!
ResponderExcluirOi pessoal. Boa tarde. Amei o texto de vocês. Muito bem explicado e sucinto. Estão de parabéns.
ResponderExcluirObrigado Tatiana! Continue acompanhando o blog, outras postagens estão por vir.
ExcluirGostei muito do texto, o meu entendimento sobre os textos da Bellotto e da Duranti e que vocês abordaram no texto de vocês, é que o que determina a autenticidade dos documentos, além dos elementos que a diplomática coloca como elementares, como para o caso de documentos oficiais, é a questão do contexto de produção, e que por isso, está ligado a outros documentos produzidos no mesmo contexto e não separadamente como a diplomática aborda.
ExcluirEstão de parabéns, primeiramente pela escolha do tema, depois pela forma de estruturação do texto no blog e pelo texto em si, é uma ótima leitura.
ResponderExcluirBrasiliaID fica feliz em saber que você gostou da estrutura e do texto. Continue nos acompanhando!
ExcluirO grupo Cinema e DTD também veio parabenizar o grupo! Sucesso no semestre!
ResponderExcluirBrasiliaID agradeçe, volte sempre!
ExcluirAquele tema que me prendeu por muito tempo nesse blog, eu simplesmente adorei a escolha de vocês. Parabéns :)
ResponderExcluirBrasiliaID agradeçe, volte sempre!
ExcluirParabéns pelo blog, a escolha do tema foi muito boa. O texto esta bem coerente, muito bem.
ResponderExcluirBrasiliaID agradeçe, volte sempre!
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